06 agosto 2012

Ola Jesus!


Mais um assunto ridículo para as primeiras páginas dos jornais desportivos. E quem alimenta os jornais? O glorioso, claro! Empatamos 1-1 com a Juventus, mas poderíamos ter vencido se o nosso lateral esquerdo, o Luisinho, não tivesse perdido uma bola, de forma também ridícula, para o adversário cruzar e... golo! Golo deles já nos descontos. O mesmo Luisinho tinha acabado de fazer um belo cruzamento para o Cardozo marcar de cabeça! Coitado! Vai ouvir tantas do Jesus! E este nem esperou muito. Foi em direção a ele e meteu o dedo na cara do... Ola John!  

Ninguém entendeu nada. Por que razão foi o Jesus atrás do John e não do Luisinho? Os jornais, verdade seja dita, criatividade não lhes falta. Imaginaram logo que o Jesus descarregou as culpas do golo sofrido em cima do holandês. Mas desta vez imaginaram mal, porque ninguém culpou ninguém de nada! É que o Jesus está a aprender inglês com o Ola John. Este, por sua vez, precisa aprender português. E quem seria o professor ideal para ele? O Jesus, claro! Elementar meus caros! Mas, caramba! Os dois também são humanos! Às vezes falha a comunicação.

Sabemos que o português é uma língua difícil e o inglês não lhe fica atrás. Antes do golo, ouviu-se, várias vezes, o Jesus a berrar para dentro do campo: Ola John, playstation! Playstation! No final do jogo, ele foi tirar satisfações do John, por este não ter conseguido fazer um movimento que no playstation é dos mais fáceis. "But, mister! I'm not a virtual player. I'm real!", respondeu o miúdo em desespero. O Jesus explodiu de raiva: Ah é? Só cá estás há um mês, nem um golo marcaste, nem uma assistência, e já queres ir pró Real Madrid? Vais sim, mas é prá equipa B! 

20 julho 2012

MelgaRojo


E o grande alvo do Benfica para esta época, o tão falado lateral esquerdo, o Marcos Rojo, finalmente assinou, mas pelo Sporting. Assim, o nosso problema vai continuar sem solução por mais algum tempo. Um problema bicudo e lateral, que já leva um ano. São estas coisas que eu não entendo. Passamos todo o verão com as espingardas apontadas para este jogador, certamente a pedido do técnico, e afinal, por 500 mil euros, ele já não vem. Estávamos dispostos a pagar 3,5 milhões de euros, mas 4 milhões já são demais. Aqui não se desperdiça dinheiro.

Muitos nomes estiveram em cima da mesa, mas o Rojo era o escolhido. Nem sabemos se ele é assim tão bom, porque do campeonato russo vêem poucas informações. O Siqueira sim, esse é bom e está entre os melhores laterais esquerdos do campeonato espanhol. Neste caso até tínhamos opção de compra do seu passe, devido às boas relações do Benfica com o Granada. Ele queria muito vestir a nossa camisola, mas nós escolhemos o Rojo e só o Rojo interessava. Assim, o Siqueira preferiu ficar por lá. E agora, qual o nome que se segue?

Ziegler, Taiwo, Dídac Vilà são alguns dos muitos nomes que vão encher as páginas dos jornais nas próximas semanas ou, pelo menos, até ao dia 31 de agosto, quando encerrarem as inscrições. Mas o Jesus já tratou de acalmar os adeptos, dizendo que tem muita confiança no Melgarejo e no Luisinho. Se lembrarmos da enorme confiança que também tinha no Emerson, a ponto de deixa-lo de férias até agora, devemos todos ficar tranquilos. E quem não ficaria tranquilo com esta nova opção caída do céu? O ponta de lança lateral Melgarejo. Ou seria MelgaRojo?

 

19 julho 2012

Um glorioso gesto contra a fome


Festa bonita, a de ontem. Ver o glorioso Benfica associado a eventos de solidariedade, como este "Um gesto contra a Fome", é sempre motivo de orgulho. E pela afluência de público à nossa catedral, cerca de 33 mil pessoas, acho que a iniciativa foi um sucesso. Sucesso na arrecadação de fundos e também na diversão dos que assistiram. Foi realmente divertido ver o humorista Fernando Mendes a arrebentar pelas costuras. Se estivesse o Magnusson é que seria incrível. Que dupla de avançados! Também pudemos apreciar o gordinho Ronaldo, o fenómeno.

E até nestas questões de solidariedade ele é um fenómeno. Só esteve 4 minutos em campo, mas o suficiente para associar o seu nome à festa. O jogo foi a brincar, mas vi muitos aposentados em forma. O principal deles é o Figo, que correu o campo todo, tanto à esquerda quanto à direita, e mostrou que ainda podia estar a jogar a um bom nível, nem que fosse no Médio Oriente, na China ou nos Estados Unidos. O Rui Costa é aquela elegância. É simplesmente maravilhoso vê-lo com a bola nos pés. E o estádio veio abaixo com Mantorras, a alegria do povo.

Interessante a votação dos adeptos para o onze do Benfica (Paulo Lopes; Maxi Pereira, Luisão, Garay, Melgarejo; Javi Garcia, Carlos Martins, Ola John, Gaitán; Saviola, Rodrigo Mora). É um prémio ao Paulo Lopes, que foi formado no glorioso, rodou muito e volta agora, aos 30 anos, para fazer parte do plantel. Todos querem ver o Rodrigo Mora a jogar, pois nunca tivemos essa oportunidade, mas vamos ter de esperar por um jogo a doer. Muito votado foi o "lateral" Melgarejo, ele que já anda a ver vídeos do Coentrão para aprender. Mas enfim, ontem era dia de festa!

17 julho 2012

Invenções


Os donos dos jornais, realmente, às vezes parece que não sabem como fazer para vender mais papel. Lá porque, num treino e até nos jogos particulares, o Jorge Jesus resolveu colocar o Melgarejo na lateral esquerda, já começam logo com invenções. Todos sabemos que falta-nos um jogador naquela faixa do campo. Só temos um, que é o Luisinho, mas ainda aguardamos pela grande contratação desta época, um lateral esquerdo que chegue e não nos traga mais problemas. É só o que falta para estabilizarmos a defesa e esquecermos de vez o Fábio Coentrão.

Naturalmente, as grandes exibições do Coentrão no estádio da Luz, como lateral esquerdo, não se esquecem. Nem o grande negócio que foi a sua venda ao colosso Real Madrid. Só que precisamos contratar alguém para esse lugar imediatamente, porque senão teremos de ler esse tipo de notícias, ainda por cima na primeira página de um jornal como "A Bola": Aí está a nova invenção do Jesus, Melgarejo como lateral esquerdo, a versão renovada do Fábio Coentrão! É até engraçado, mas coitado do miúdo. E coitado também do selecionador do Paraguai.

Talvez muita gente não saiba, mas o jovem Melgarejo é já internacional "A" pelo Paraguai. Ele é daqueles pontas de lança modernos, os ditos avançados móveis, que não ficam fixos na área. E mais ainda. O rapaz sabe marcar golos, seja com os pés ou com a cabeça, coisa que o Coentrão não sabe até hoje. Por isso, nada de invenções. O futuro da linha avançada do Benfica está garantido com Rodrigo, Nélson Oliveira e Melgarejo. E ele até poderá ser novamente emprestado para evoluir. Mas por favor! Não inventem uma nova invenção para o Jesus. 

14 julho 2012

Bem vindo, Carlos Martins!


Primeiro jogo de preparação, logo contra um adversário de respeito, o Marselha, e vitória por 2-0, sem qualquer margem para dúvidas. Com a base da época passada, fizemos um jogo seguro e não demos a mínima hipótese aos franceses. Como era de esperar, o Cardozo fez o seu golinho do costume, mesmo sendo de penalty, e já avisa que virão muitos mais por aí. Se ele ficar, é claro! Mas também houve Carlos Martins com um pé canhão à entrada da área, a marcar um belo golo no seu regresso ao Benfica, depois de um ano emprestado ao Granada, de Espanha.

Em boa hora ele voltou, porque fez-nos muita falta na época passada. Só tínhamos o Aimar como 10 e quando os jogos importantes começaram a avolumar-se, às quartas e domingos, viu-se que faltava alguém para ajudar o nosso mago no comando da equipa. O Gaitán, antes de vir para o Benfica, sempre jogou a 10, mas aqui nunca o fez. O Bruno César também era para jogar naquela posição, mas foi deslocado para as alas e lá ficou. Sobrou o Witsel, que é um portentoso jogador, mas desempenha melhor outras tarefas. Por isso, faltou-nos Carlos Martins.

É verdade que o Aimar e o Carlos Martins raramente conseguem terminar um jogo. São substituídos bem antes dos 90 minutos. Portanto, até nisso são parecidos. Quando o Aimar é titular e sai para dar o lugar ao Carlos, já sabe que pode ir tranquilo para os balneários porque o seu substituto vai mexer com o jogo. Se acontece o inverso e é o Carlos Martins o titular, se sai e entra o mago, também ele vai descansado, porque não tarda nada e o jogo pega fogo. Por isso, esta dupla é perfeita e felizes somos nós por ter os dois. Carlos Martins, bem vindo sejas!
  

13 julho 2012

Ao ataque!

Cardozo, Rodrigo, Nélson Oliveira e Saviola transitaram da época passada.

Muitos teóricos do futebol dizem que uma grande equipa constrói-se a partir da defesa. Pode ser verdade, mas sem um bom ataque também não se vai a lado nenhum. E no glorioso, o que mais temos são bons avançados. Da época passada, transitaram Cardozo, Rodrigo, Nélson Oliveira e Saviola. Temos ainda os contratados Michel e Hugo Vieira. De regresso, estão o Alan Kardec e o Rodrigo Mora. Veio também o Melgarejo, após um ano de empréstimo. Temos outro avançado, o Franco Jara, mas este já foi descartado. Não entra nas contas.

Portanto, são nove pontas de lança para os mais variados gostos. Os quatro do ano passado parecem ser intocáveis. Mas se lembrarmos que o Saviola pouco jogou e o Nélson Oliveira foi conseguindo alguns minutos aqui e ali, onde entram todos os outros? O Melgarejo fez uma época muito boa no Paços de Ferreira e merece esta oportunidade. O Hugo Vieira também é um jogador muito interessante e chegou cheio de vontade. Mas ainda contrataram o Michel. Sinceramente, não sei por quê. É mais um para emprestar. E junto com ele deverão ir o Kardec e o Mora.

Já conhecemos o Jorge Jesus de 3 carnavais e a gestão do plantel dele é fácil. Só dois avançados vão jogar com regularidade e acredito que serão o Cardozo e o Rodrigo, tal como na época passada. O Nélson e o Saviola ficarão para as curvas na Taça da Liga. Assim, não sobrará nada para o Hugo Vieira e o Melgarejo. Por isso, acho que estes dois também acabarão por ser emprestados. É simples! Já cá estavam 4 pontas de lança, vieram outros 5, mas vão sobrar os mesmos quatro. E eu até acho que três já bastavam. Senão, para quê voltarmos com a equipa B?

Chegaram Melgarejo, Hugo Vieira, Alan Kardec, Rodrigo Mora e Michel.

07 julho 2012

Nélson e Rodrigo


Já sabemos que, em Portugal, o fabrico de pontas de lança é uma missão quase impossível. Não sei por quê, mas até parece que a criançada não gosta daquela posição. Também parece que os técnicos das camadas jovens são bons a ensinar aos miúdos como se joga a trinco, mas não a marcar golos. O certo é que ali na frente a coisa não engrena. O Benfica tem agora a oportunidade de juntar uma das mais jovens e promissoras duplas de pontas de lança da Europa  Rodrigo e Nélson Oliveira. Vindo da escola espanhola, o Rodrigo parece já estar no ponto. 

Mas a afirmação do Nélson na equipa principal não será nada fácil. Por isso, torci muito pela sua explosão neste Europeu. Era uma grande oportunidade e acho até que os ventos sopravam todos a seu favor. É que, se no Benfica ele tem a difícil missão de entrar a substituir o Cardozo, o Saviola ou o próprio Rodrigo, na seleção portuguesa era o Hélder Postiga ou o Hugo Almeida. Convenhamos que não há comparação possível. Neste momento era para já ter marcado território na seleção e, consequentemente, no Benfica. Mas em Portugal tudo é mais difícil.  

Nas últimas semanas, o Brasil e o mundo ficaram a conhecer um tal de Romarinho, do Corinthians. Em apenas 4 jogos, o miúdo fez 3 golos, um deles na final da Taça Libertadores da América, contra o Boca Juniors. Ele nem se intimidou com o clima hostil do La Bombonera. Entrou em campo e pimba! Empatou o jogo. Tão simples como isso. Já em Portugal, os miúdos carregam chumbo de enorme desconfiança nas botas. Mas enfim, um dia o ataque do Benfica será Nélson Oliveira mais Rodrigo. Para já, é uma pena que os dois estejam a perder esta pré temporada.

06 julho 2012

Reforços e descartes


É sempre assim nos inícios de época. Chegam os reforços que nos enchem de esperança, mas tem muita gente com o futuro indefinido. Dos novos, o Ola John deve ser um bom reforço, por aquilo que lhe vi fazer contra o Benfica no ano passado, quando enfrentamos o Twente na Liga dos Campeões. E para quem assistiu à quase nula participação do Benfica na brilhante seleção de Portugal, é sempre bom ver chegar portugueses cheios de ambição, como o ex gilista Hugo Vieira. Das possíveis contratações, seria ótimo o regresso do Salvio.

Quem é reforço hoje pode ser um descartável amanhã. Tem descartáveis que nem chegaram a vestir a camisola do Benfica, como o Nuno Coelho ou o Wass. Este último parece já ter sido vendido. Vá lá, menos um problema então! Já o Nuno Coelho é daquelas contratações que não se entende. Foi emprestado ao Beira Mar, agora deve ir para outro sítio, até esgotarem-se os 4 ou 5 anos do seu contrato. Do Paços de Ferreira, chegou o lateral esquerdo Luisinho. Dizem ter assinado por 5 épocas. Mas com 27 anos, deve ser mais um para emprestar. 

Ou será que descobrimos ouro na capital do móvel? Duvido muito! Na lateral esquerda temos o miúdo Luís Martins, que o Jesus comparou a Coentrão. Ainda virá o Marcos Rojo, ou sei lá quem, para ser titular de caras. Sobram os descartáveis Emerson e Capdevila. O Capdevila foi logo descartado algumas semanas depois de chegar à Luz, o que é inexplicável, sendo ele um jogador de prestígio internacional. Por que veio então? Mas pior é a dispensa do Emerson, titular indiscutível do Jesus. Afinal era mesmo teimosia do técnico. Agora o rapaz já não vale nada.

03 julho 2012

Agora nós!


Pronto, foi-se o Europeu, os espanhóis são os campeões, parabéns para eles, mas agora vamos então pensar em nós. Acabaram-se as férias, estão todos de pilhas novas, portanto, toca a trabalhar porque o glorioso não pode ficar muito tempo parado. Estes inícios de época são sempre cheios de boas esperanças. Todos dizem que vão ser campeões. O Porto vai ser campeão, o Benfica vai ser campeão, o Sporting vai ser campeão e até o Braga canta de galo e já torna o seu discurso mais ambicioso. Ao Jesus eu só peço-lhe que não fale muito.

Só isso! Ele já vai na a sua 4ª época, portanto já deverá ter aprendido que o melhor é falar menos e... não diria trabalhar mais porque não acho que seja esse o problema, mas talvez... ser mais inteligente. E também não gosto deste novo discurso de que vamos privilegiar o campeonato e deixar os outros torneios para segundo plano. Penso sobretudo na Liga dos Campeões. Aí é que devemos ficar mesmo caladinhos. Lembro-me do Jesus falar em ser campeão da Europa. Não é impossível, mas para chegarmos lá a inteligência é fundamental.

E quando falo em inteligência, lembro-me de outras frases do Jesus, como a de dizer que o futebol mais bonito da Europa era jogado pelo Benfica e pelo Barcelona. Sim, é verdade que já fizemos jogos espetaculares, que deu gosto de assistir, com aquelas transições rápidas, a intensidade, etc., mas a inteligência está em saber quando devemos jogar bonito e quando devemos ser mais pragmáticos. Espero que este ano saibamos arquitetar bem todas as estratégias. É que a falta de estratégia em momentos chave custaram-nos o campeonato no ano passado.

02 julho 2012

Seleção do Euro 2012


Com a base da seleção da 1ª fase do Euro, fica mais fácil escolher o onze ideal. Não muda muita coisa. Saem os que foram mais cedo para casa. Então vejamos: Casillas (Espanha; Real Madrid); Lahm (Alemanha; Bayern München), Pepe (Portugal; Real Madrid), Sergio Ramos (Espanha; Real Madrid), Jordi Alba (Espanha; Valencia); De Rossi (Itália; Roma), Pilro (Itália; Juventus); David Silva (Espanha; Manchester City), Iniesta (Espanha; Barcelona); Cristiano Ronaldo (Portugal; Real Madrid), Mario Gómez (Alemanha; Bayern München).

Antes, eu já tinha colocado o De Rossi a central, pelo jogo soberbo que fez contra a Espanha, na fase de grupos. Mas depois o técnico preferiu vê-lo como médio. Nessa posição, poderiamos escolher o Xavi ou o Xabi Alonso, mas acho que ali, o De Rossi ainda foi melhor. No centro da defesa, entra o Sergio Ramos que fez um Europeu espetacular. Assim, reedita com Pepe a dupla do Real Madrid. Na direita, resolvi puxar o Lahm para o seu posto natural, abrindo espaço ao melhor lateral esquerdo deste Europeu e já contratado pelo Barcelona Jordi Alba. 

Na parte ofensiva, nada mudou. Apenas a dúvida em relação ao Mario Gómez, mas continuo a achar que foi o melhor ponta de lança deste Europeu, à frente do Balotelli e do Fernando Torres. E o Bayern acaba de contratar o Mandzukic. Será que os dois se encaixam? Vamos esperar. Quanto ao melhor jogador do torneio, a verdade é que não houve um incontestável destaque individual. O Cristiano Ronaldo superou-se em dois dos cinco jogos que fez e tem o Iniesta que joga sempre bem. Mas para mim, o grande destaque, o melhor de todos, foi Iker Casillas. 

Espanha!


E a grande final do Europeu 2012 terminou em goleada (4-0). Eu esperava tudo menos aquilo que assisti ontem. Tem coisas que realmente não dá para entender. Ai estes italianos! Para quê ir à final e fazer um papel ridículo daqueles? Para quê despachar a Alemanha daquela forma se depois não teriam pernas para se aguentar? Da próxima vez temos de prestar mais atenção ao que diz o Balotelli. Ele prometeu marcar 4 golos à Espanha, a Espanha foi lá e fez 4 golos. Assim, o campeão é... a Espanha! E e o vice campeão? Quem é? É... Portugal!

Mas enfim, brincadeiras à parte, a Espanha é um justo campeão e a Itália esteve naqueles dias em que não se deve sair de casa. Sobretudo o seu treinador, o Prandeli, foi muito infeliz. Na 1ª fase, Espanha e Itália fizeram um jogão e ficou 1-1, com a Itália bem perto da vitória. Nesse jogo, o Del Bosque não usou ponta de lança. Ontem, ele repetiu o mesmo onze. Já o Prandeli tinha jogado com o De Rossi a central, tendo este feito uma exibição tão espetacular que resolvi colocá-lo ao lado do Pepe no meu onze do Euro. Mas ontem, Prandeli mudou tudo.

Para piorar as coisas, com 0-2, o técnico italiano resolveu esgotar as substituições aos 55 minutos, sem pensar que, empatando, haveria prolongamento. Mas o pior foi ter tirado um dos melhorzinhos, o Montolivo, para colocar o Thiago Motta. Para quê? E o agitador Diamanti ficou no banco. Como uma desgraça nunca vem só, o Motta lesionou-se 5 minutos depois de entrar e deixou a Itália a jogar com 10. Mas tanto faz 10 ou 11. Ontem era o dia da Espanha. Eles até já dizem que são os melhores da história. Mas eu continuo à espera de ver a final deste Euro. 

01 julho 2012

E o campeão é...



Vai ser uma grande final. Espanha e Itália já tinham feito o melhor jogo deste Europeu, quando se enfrentaram na fase de grupos. E foi realmente um jogo bonito de se ver, sempre em alta velocidade, com as duas equipas a partirem para cima do adversário, sem medo de nada. O que interessava era só a vitória, por isso, tivemos emoção do princípio ao fim. Mas agora, na final, talvez já não seja assim. Todos querem ganhar, mas ninguém pretende cometer erros. E nestes jogos, um erro que redunde em golo pode ser difícil de recuperar.

Na meia final entre Alemanha e Itália (0-2), os alemães cometeram dois erros que foram fatais. No primeiro golo então, é incrível a forma como três defesas germânicos estendem a passadeira na linha do fundo para o Cassano cruzar na cabeça do Balotelli. Até o defesa que fazia a cobertura ao goleador italiano ficou surpreendido com aquela traição dos seus colegas e já não teve reação. Portanto, hoje, mais do que nunca, a Espanha vai tentar ficar com a bola o máximo possível. Porque se a Itália marcar primeiro, adeus "tripleta"!

Este é o sonho da Espanha: ser a primeira seleção na história do futebol a ganhar três grandes competições internacionais de forma consecutiva  campeã da Europa em 2008, campeã do mundo em 2010 e agora a possibilidade de ser novamente campeã da Europa. Quem diria, hem! Depois de tantas desilusões, a Espanha é hoje uma referência mundial. Até os brasileiros, que sempre se orgulharam do seu toque de bola envolvente, revêem-se nestes espanhóis. Mas atenção! A Itália é tetracampeã mundial (1934, 1938, 1982 e 2006). Com ela não se brinca.

30 junho 2012

Euro 2012 - Destaques de Portugal


O sucesso de uma seleção começa pelo treinador. E Paulo Bento merece uma medalha de mérito, só pela coragem de pegar numa seleção à deriva, sem comando algum. Tudo por causa de birras e quezílias envolvendo Carlos Queiróz, FPF, Autoridade Antidopagem, o Secretário de Estado Laurentino Dias e mais o raio que o parta. Quase que foi tudo por água abaixo na caminhada para este Europeu. Quando Paulo Bento tomou conta da equipa já muitos pontos tinham sido perdidos. Mesmo assim conseguiu a qualificação.  

Além da qualificação, o Paulo Bento transformou esta seleção numa equipa competitiva e colocou-a entre as quatro melhores da Europa. Portanto, é um feito extraordinário. Podemos discordar desta ou daquela opção, mas tudo isso perde relevância diante do enorme trabalho que realizou. Outro grande protagonista foi, sem dúvida, João Moutinho. É um guerreiro autêntico, um trabalhador incansável e o sucesso desta seleção deveu-se muito ao seu labor a meio campo. Ele merece jogar num grande clube de Espanha, Inglaterra ou Itália. 

Tivemos menos Nani do que eu esperava. Acho-o um jogador fantástico, mas falta-lhe alguma coisa que não sei bem o que é. Não jogou mal, mas foi pouco para o seu talento. O Fábio Coentrão também esteve em bom nível, mas ainda não me satisfez, sobretudo pelo que nós, benfiquistas, conhecemos dele e das suas correrias loucas pelo flanco esquerdo. Do Cristiano Ronaldo já dissemos tudo. Demorou um pouco a aquecer os motores, mas depois foi o que se viu. Finalmente, o Pepe. O que dizer dele? É só o melhor defesa deste Europeu.

Valeu, Portugal!


E assim, acabou o sonho. Mas Portugal esteve realmente soberbo. Só faltou aquela jogada perfeita para metermos a Espanha no caminho de casa. E essa jogada esteve quase a acontecer num contra ataque rápido, a 1 minuto do fim, com o Meireles a isolar o Cristiano Ronaldo e este a rematar mal. Meu Deus! A 1 minuto do fim! Que falta de sorte! Curiosamente, na outra meia final, o Balotelli, numa jogada bem parecida, acertou o mesmo remate que o Cristiano não conseguiu e fez um grande golo, acabando ali com os alemães. Enfim, são coisas do destino.  

Mas não sou daqueles que choram a pouca sorte de Portugal. Durante os 90 minutos sim, talvez pudessemos e até merecessemos uma pontinha de sorte. Mas, inexplicavelmente, no prolongamento, senti que Portugal confiou muito nos deuses e apostou tudo nos penalties, acreditando que uma ajuda divina resolvesse as coisas a nosso favor. Basta ver a lentidão do Meireles a sair do campo quando foi substituído. Ainda faltava jogar 9 minutos! Isso deixou-me realmente irritado. O mesmo em relação ao Rui Patrício. Que lentidão para repor as bolas em jogo!   

Engraçado porque na véspera do jogo, eu até achava que, para vencermos a Espanha, precisaríamos da inspiração do Rui Patrício. Mas em nenhum momento pensei nos penalties. E quando o vi a retardar tanto as reposições de bola, pensei comigo: Será possível? Será que ele confia tanto nas suas capacidades de apanhador de penalties e está a levar-nos para esse caminho? Infelizmente, foi um caminho muito mau, que nos encheu de tristeza. Porque é muito triste perder uma meia final. Mais uma! Ainda por cima quando se joga bem. Mas valeu, Portugal!

26 junho 2012

Pode acontecer!


E não é que Portugal engrenou? Ter chegado às meis finais já é um grande feito, sem dúvida alguma. Os jogadores podem todos regressar já e de cabeça levantada, porque foram maravilhosos. Mas claro, estando lá, por que não pensar no céu como limite? Sabemos que a Espanha não será fácil, mas nada está decidido. Eles sofreram a bom sofrer contra a Itália e também a Croácia lhes criou grandes problemas, que só não foram piores graças a Casillas e suas defesas milagrosas. Portanto, temos Portugal, temos Cristiano Ronaldo... tudo pode acontecer!

Assim como Portugal despachou a República Checa com autoridade, também a Espanha não deu qualquer hipótese à França. Mas este futebol da Espanha às vezes irrita. Essa coisa de querer entrar com a bola e tudo dentro da baliza adversária, tal como faz o Barcelona, um dia pode acabar mal. Era para terem resolvido a questão rapidamente, mas preferiram cozinhar o jogo com mil passes para o lado, até ao minuto 90, com a França ainda a poder empatar e sabe-se lá o que mais. Bom seria juntar o estilo da Espanha com a eficácia alemã.

Mas deixa a Espanha assim como está. Se Portugal encaixar uma boa jogada e marcar um golo primeiro, aí a coisa pode ficar interessante. E o Nani hem! Era um bom jogo para ele, que até tem jogado bem, mas ainda falta vê-lo infernizar os adversários nas laterais ou a fazer aqueles remates de longe, com o pé direito ou o esquerdo, tanto faz. Tendo Nani e com o Cristiano Ronaldo assim estratosférico, pode realmente acontecer alguma coisa e a Espanha voltar para casa mais cedo. Mas desconfio que vamos precisar, e muito, da inspiração do Rui Patrício. 

20 junho 2012

Euro 2012 - Seleção da 1ª fase


Terminada a 1ª fase deste Europeu, foram muitos os jogadores que se destacaram. Alguns estiveram muito mal. Outros, nem tanto. Aqui fica a minha seleção: Casillas (Espanha; Real Madrid); Selassie (Rep. Checa; Slovan Liberec), Pepe (Portugal; Real Madrid), De Rossi (Itália; Roma), Philipp Lahm  (Alemanha; Bayern München); Pirlo (Itália; Juventus), Blaszczykowski (Polónia; Borussia Dortmund), David Silva (Espanha; Manchester City), Iniesta (Espanha; Barcelona); Cristiano Ronaldo (Portugal; Real Madrid), Mario Gómez (Alemanha; Bayern München).

E o melhor jogador da 1ª fase? Para falar a verdade, não houve um grande destaque individual. O Cristiano Ronaldo jogou muito bem contra a Holanda, mas nos outros jogos foi apenas sofrível. Quem manteve a regularidade em todos os jogos que eu vi foram sobretudo Pepe, Iniesta e Mario Gómez. Fiquei muito Impressionado com o Blaszczykowski, pelo seu espírito guerreiro. É sempre bom ter um jogador destes na equipa. Já a grande revelação foi o lateral direito Selassie, o único que joga ainda numa equipa pequena da Europa, mas não por muito tempo, certamente.

Até à final, esta seleção vai mudar muito. Alguns jogadores ainda estão a aquecer os motores, como Xavi, Özil ou Benzema, por exemplo. Gostaria de colocar o Coentrão nesta seleção. Ele até tem jogado bem, muito melhor que no Real Madrid, mas ainda está longe do que fazia no Benfica. O Nani também poderá entrar no onze do Euro. Seria muito bom sinal. Vamos a ver! Dos jogadores que já voltaram para casa, destaco dois pontas de lança: Mandzukic (Croácia) e Lewandowski (Polónia). Este último já está entre os melhores da Europa. E só tem 22 anos! 

18 junho 2012

Agora sim!


Sim, já era tempo! Se o Cristiano Ronaldo não aparecesse neste último jogo da primeira fase do Europeu, quando seria? As grandes estrelas não podem passar despercebidas nos grandes momentos. E ontem foi o dia de CR7, ao melhor nível do que lhe vimos fazer no Real Madrid. Ele até poderia ter saído do jogo com um hat-trick. Aí seria mesmo a consagração. Mas tem jogo ainda! Pode muito bem repetir a dose contra a República Checa. E por que não aparecerem, logo de uma assentada, os nossos dois maiores astros  Cristiano Ronaldo e Nani?

Custa-me muito estar aqui a falar de jogadores da seleção e não haver nenhum benfiquista a destacar-se neste Europeu. Estão lá dois, sendo que o Eduardo não é nosso, pois veio emprestado do Génova. Resta o Nélson Oliveira. Ah! Tínhamos o Wass, da Dinamarca, que não jogou qualquer minuto. Este é nosso, mas é como se não fosse. Ele mesmo diz-se abandonado pelo Benfica. Já o Nélson, sempre que substitui o Postiga, fico logo impaciente, à espera de uma grande jogada, que até agora não saiu. Ele precisa, pelo menos, marcar um golo.

Mas voltando ao jogo de ontem, foi muito bom aquele golaço madrugador do van der Vaart. Parecia que Portugal já estava a entrar naquele ritmo perigoso de ficar na expectativa, sabendo que a Holanda tinha de sair à procura da vitória. Assim, esse golo serviu para acordar os jogadores e, a partir daí, passaram a jogar melhor. Todos eles estiveram impecáveis. A estrela foi Cristiano Ronaldo, mas não posso deixar de destacar o Pepe. Custa-me fazê-lo, porque ele foi do Porto. Só que o homem joga muito! É o melhor defesa central deste Europeu.

17 junho 2012

Contas e protagonistas


Primeira vitória de Portugal. Foram 3-2 à Dinamarca! Mesmo assim, teremos de fazer muitas contas para o jogo de amanhã contra a Holanda. Podemos ganhar e ser eliminados, mas também podemos passar aos quartos de final com nova derrota. Enfim, vamos ter de sofrer. Aliás, sofrer é o que fazemos melhor. Com 2-0, não fomos capazes de matar o jogo e os dinamarqueses acabaram por empatar. Foram tantos golos perdidos! Oh Cristiano Ronaldo! Deixaste a exibição estelar para o último jogo, não é? Então está bem. Ficamos à espera.

O Cristiano Ronaldo tinha aqui neste Europeu a sua grande oportunidade de brilhar e assim poder discutir a Bola de Ouro com o Messi. Mas vai ser difícil. O que está a acontecer é um desgaste muito grande da sua imagem e as pessoas já começam a esquecer a época extraordinária que ele fez pelo Real Madrid, o que é injusto. Mas coitado, é gritante a diferença dos que alimentam o seu jogo no Real Madrid e os que o fazem na seleção. É como sair de um Ferrari para entrar num Carocha. Lá ele tinha Xabi Alonso, Özil, Di Maria ou Benzema. Já aqui...

O futebol é assim. Às vezes, espera-se muito de uns, mas acabam por ser outros a sobressair. Eu contava com a explosão do Nélson Oliveira neste Europeu. Não se pode dizer que ele tenha estado mal, mas podia aproveitar melhor os minutos que o Paulo Bento está a dar-lhe. Sei que não é fácil, mas esta pode ser a sua grande oportunidade para ganhar protagonismo e marcar território no Benfica. Entretanto, Varela, que era alternativa ao suplente Quaresma, deram-lhe 17 minutos para mostrar serviço e ele aproveitou-os muito bem. 

13 junho 2012

Espanha à boleia do Barça


Espanha-Itália (1-1) foi, até ao momento, o melhor jogo do Euro. Muitos esperavam uma Itália sem ambição e deprimida com tantos escândalos. Mas o que vimos foi a Itália dos velhos tempos, com futebol para chegar à final e vencer. Da Espanha, não tínhamos nenhuma dúvida. É a atual campeã da Europa e do Mundo, parte como a principal favorita e sabíamos que traria aquele toque de bola, ao melhor estilo Barcelona. Mas o que, talvez, ninguém imaginasse, até mesmo os próprios espanhóis, era vê-los em campo sem um ponta-de-lança.

Esta opção do treinador virou tema de conversa em toda a Espanha. Até José Mourinho criticou a falta de um “9” no ataque espanhol. Mas de Mourinho não se esperava outra coisa. Senão estaria a fazer uma vénia ao futebol tiki-taka do seu grande rival, o Barcelona. Ora bem! O Guardiola implementou essa forma de jogar e teve resultados incontestáveis. Portanto, não vejo nada de mal na pretensão do Vicente Del Bosque em apanhar essa boleia. Podia ter jogado com o Fernando Torres ou o Llorente, mas preferiu o 4-6-0 do Guardiola.

Afinal de contas, a Espanha tem Busquets, Xavi, Iniesta e Fábregas. Técnico algum pensaria em separar essas quatro peças vindas do Barça. Dispondo todas elas no tabuleiro, ainda sobram duas vagas. Como deixar Xabi Alonso e David Silva de fora? Mas a verdade é que a engrenagem não funcionou lá muito bem. A Espanha teve mais posse de bola e pudemos ver aqueles toques todos perto da área adversária, em busca de uma clareira para alguém entrar na baliza com bola e tudo. Mas faltou um detalhe que faz toda a diferença. Não havia Messi.

10 junho 2012

O filme de sempre


Já sabíamos que os níveis de confiança de Portugal à entrada para este Euro 2012 estavam um pouco abalados. Aquela derrota ridícula no jogo de preparação contra a Turquia deu para desconfiar. Além disso, a estreia era logo contra a melhor Alemanha dos últimos anos. Mas quando Portugal entra em campo, tudo é possível. Eu seria capaz de apostar numa vitória contra os alemães e, de seguida, uma derrota contra os dinamarqueses. Mas começamos a perder. Assim, acho que voltamos ao nosso normal, que é estar obrigados a vencer o próximo jogo. 

A derrota de ontem com a Alemanha (0-1) foi muito triste. Ficamos com a mesma sensação de outras grandes jornadas internacionais: Afinal, podíamos ter vencido. Pois podíamos! O treinador alemão é que resumiu tudo em poucas palavras. Segundo ele, não dava para arriscar muito contra um adversário que tem dois extremos como CR7 e Nani. E foi o que aconteceu. Eles sabiam que, num golpe de génio, um destes jogadores podia resolver o jogo. Portanto, a equação é simples: Se a Alemanha respeita Portugal, Portugal respeita a Alemanha mais ainda. 

E o jogo não passou disso  respeito! No final, a sorte coube ao mais forte. O que irrita é ter de ver este filme novamente. Fomos suportando bem a tímida investida dos tanques alemães e, a dada altura, estávamos satisfeitos com a possibilidade do empate. De repente, veio o balde de água fria, naquela cabeçada do maior tanque deles  o Mario Gomez. E quem disse que já estávamos derrotados? Finalmente, Portugal resolveu partir para o ataque e podia ter marcado mais de um golo até. Mas o fim deste filme não muda nunca. A reação vem sempre tarde. 

Heroísmo grego


Estando o Benfica de férias, nada como o Europeu da Polónia/Ucrânia para saciar a nossa gula por futebol. E até estivemos bem representados no jogo inaugural entre a Polónia e a Grécia. É verdade que Fernando Santos, Katsouranis e Karagounis já não fazem parte do ninho das Águias, mas acredito que todos os benfiquistas estavam a torcer por eles e, consequentemente, pela Grécia. O jogo foi bom, cheio de emoção. Ao intervalo, a Polónia vencia por 1-0 e tudo levava a crer que os gregos seriam facilmente derrotados.

Puro engano! É que a 1ª parte foi um autêntico massacre da Polónia, embora só tenha havido um golo, do inevitável Lewandowski. Tive muita pena dos gregos, ao vê-los tão perdidos em campo. Até parecia que a crise grega tinha bloqueado o ânimo dos jogadores. Mas o futebol, já sabemos, tem 90 minutos. E os gregos mostraram que não há crise nenhuma. Um povo com a história deles, não se verga assim tão facilmente. E foi essa a história do jogo: o heroísmo dos gregos, que resistiram à avalanche ofensiva da Polónia e também à expulsão injusta de um defesa. 

Não sei o que Fernando Santos fez para levantar a moral dos jogadores. O certo é que, na 2ª parte, a Grécia voltou transfigurada. Mas é engraçado. Se os gregos pareciam autênticos guerreiros, crentes que poderiam vencer aquela batalha, no banco de suplentes era o contraste. Com menos um jogador, a Grécia empatou o jogo e ainda falhou um penalty, que lhe daria a vitória, mas sempre que a tv mostrava o Fernando Santos, lá estava ele, num desânimo que só visto! Enfim, ele agitou brilhantemente os seus jogadores, mas faltou alguém para agitá-lo a ele.  

06 junho 2012

O adeus oficial de Mantorras


Quando o Pedro Mantorras apareceu no Glorioso, com apenas 19 anos, fez a todos nós, benfiquistas, sonhar com muitos domingos de alegria. O seu primeiro ano foi mesmo de sonho. E para mim, ele era melhor que o Cristiano Ronaldo, se compararmos o início profissional dos dois. Mas não vale a pena entrarmos nessa discussão. Eu só sei que, hoje, o Mantorras poderia ter uma boa coleção de bolas e botas de ouro. O seu destino só podia ser um  conquistar o mundo! Mas, inexplicavelmente, o destino resolveu atraiçoar-nos a todos.

A partir de agora, ele será embaixador do Benfica. Fará um trabalho social de grande relevo, angariando fundos para ajudar crianças desfavorecidas no continente africano. Não tenho dúvidas que é a pessoa certa para fazer esse trabalho. A sua alegria fora de campo é também contagiante e não difere muito do que lhe víamos fazer lá dentro das quatro linhas, com aquelas jogadas maravilhosas. Mesmo assim, não me conformo com este final. Também não importa se ele ficaria pouco tempo no Benfica. Eu queria era vê-lo jogar mais vezes.

Queria vê-lo nas finais da Liga dos Campeões, seja por que clube fosse, Barcelona, Real Madrid, Milan, tanto faz; queria vê-lo a carregar a seleção angolana às costas nas Copas de África e do Mundo; queria vê-lo a arrancar imparável em direção à baliza com a bola controlada, como um furacão, deixando atrás de si um estrago incalculável; queria vê-lo a fazer aqueles remates de longe, sem preparação, à Eusébio; queria vê-lo levantar estádios com os seus golos monumentais... Oh destino cruel! Por quê tirar-nos o prazer de ver tudo isso?