21 novembro 2018

Os sobreviventes Rui Vitória e... Seferović!

Não é qualquer um que marca 3 golos à Bélgica, num jogo decisivo!

Quem não muda de ideia não... sobrevive!
Winston Churchill, o histórico primeiro-ministro britânico durante a fase mais negra da II Guerra Mundial, disse um dia que "quem não muda de ideia não muda nada". E naquele tempo era preciso mudar sempre de ideias e estratégias para enfrentar e sobreviver ao poderio bélico da Alemanha Nazi de Hitler. Churchill teve de mudar de ideia muitas vezes para não ser morto pelo monstro. É que às vezes não é só mudar por mudar. É mudar para sobreviver. No futebol, os treinadores muitas vezes têm de deixar de lado o planeamento de uma época inteira para mudar de ideias rapidamente, porque, a dado momento, importa mais... sobreviver. É o caso de Rui Vitória.

As mudanças de Rui Vitória para... sobreviver!
O instinto de sobrevivência de Rui Vitória é digno de Churchill. Para não morrer, parece que terá de mudar de ideia novamente e, assim, mudar definitivamente esta má sorte que se abateu sobre a equipa. Sendo esta a sua 4ª época como treinador do Benfica, se no seu 2º ano o campeonato foi ganho sem muitos sobressaltos, nos restantes tem sido o cabo dos trabalhos superar tantas tormentas. No seu 1º ano, Rui Vitória foi um homem de visão, ao lançar o Renato Sanches como patrão de um meio-campo que parecia não ter solução. Na época passada, mudou do 4-4-2 para o 4-3-3, com o foco em Krovinović e depois Zivković, mas morreu na praia quando ficou sem Jonas.     

O 4-4-2 na nova vida de... Seferović!
Esta época, depois de garantir, sem Jonas, a qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões e de vencer o Porto na Luz, sem Jonas, quebrando uma maldição que nos impedia de ter sorte contra os dragões, eis que esta mesma sorte é desbaratada sem sentido com 3 derrotas consecutivas, deixando-nos quase fora da Champions e a 4 pontos da liderança no campeonato. Ou seja, parece ser o momento do sobrevivente Rui Vitória mudar de novo. Jonas voltou e nos últimos 3 jogos fez 3 golos. Seferović é outro sobrevivente e o homem do momento com 3 golos à Bélgica. Portanto, não há que pensar: É Jonas e Seferović de novo no ataque e o 4-4-2, de novo!

Depois da vitória no jogo dos milhões, Vitória vai... sobrevivendo.

06 novembro 2018

Está provado que o Porto já não vale nada!

Depois de vencer o Porto, o... descalabro!

Vencer ao Porto já foi... especial!
Ganhar ao Porto na Luz sempre foi algo muito especial. É verdade que nos tempos mais recentes o Benfica não tem conseguido vencê-los com a frequência desejada. Nos últimos 10 anos tinham sido só 2 vitórias, 4 derrotas e 4 empates. Sim, apenas 2 vitórias do Benfica contra 4 vitórias do Porto, e na Luz! Mas essas duas vitórias, a meio dos campeonatos de 2009-10 e 2013-14, fizeram com que a equipa embalasse de vez rumo aos respectivos títulos de campeão, registando-se apenas uma derrota nos 15-16 jogos que se seguiram. Vencer ao Porto dava aos jogadores a vitamina necessária para varrer todos os adversários que aparecessem pela frente. Dava!

Vencer ao Porto já aconteceu... este ano!
Sim, dava, no passado, porque já não dá mais! As coisas mudam muito rapidamente e, hoje, vencer o Porto está mais próximo de funcionar como um purgante no organismo dos nossos jogadores do que uma vitamina. Praticamente 5 anos depois da última vitória, ela veio há um mês, numa tarde memorável, em que um golo bastou para os adeptos fazerem a festa. Deu gosto ver os jogadores concentrados, com a lição bem estudada, sabendo que a vitória nem dependia de uma enormíssima exibição. E ainda souberam sofrer, terminando o jogo só com dez. Também foi bonito ver a união deles na comemoração do golo, titulares e suplentes, assim abraçados!

Afinal, vencer o Porto é a mesma coisa que... nada!
Pois é! Tudo muito bonito vencer o Porto, mas a embalagem rumo ao título ninguém viu ainda. Até poderemos vir a ser campeões, como aconteceu em 2009-10 e 2013-14, quando também vencemos o Porto na Luz. Mas como? Se naquele tempo houve um efeito vitamina que nos manteve no topo da classificação até ao fim, desta vez o efeito foi contrário, ou melhor, foi purgante. É que a vitória sobre o Porto foi tão insignificante para os jogadores que logo a seguir trataram de perder com o Belenenses e com o Moreirense. Do topo, o Benfica baixou para 3º e agora é 5º. Explicação só há uma: Vencer ao Porto já não vale nada, ou seja, o Porto vale... nada!

De nada valeu a vitória sobre o Porto... nada!