28 abril 2018

Nadar, nadar, caminhar na praia e morrer em... casa!

O Benfica nadou em 3º e em 2º, caminhou na praia em 1º e, em casa... afogou-se!

Afogados em casa, na... banheira!
Parece mentira mas é verdade. Uma época difícil como esta, em que a equipa demorou a encontrar-se, enfrentou todo o tipo de tormentas, ficou fora da Europa de forma nunca vista, com zero vitórias e zero empates, foi dada como morta também no campeonato, mas nadou... nadou... sabe-se lá como, encontrou algum oxigénio, recuperou-se aos poucos, viu terra firme logo ali, sempre a nadar... a nadar... e, de repente, a liderança caiu-lhe ao colo, quase que por magia, podendo caminhar na praia calmamente, para receber o então vice-líder e decidir o título na Luz, mas... sabe-se lá como, num simples banho de banheira, em sua casa, afogou-se para... morrer!

Afogados na... ansiedade!
Infelizmente, é esta a história do Benfica na presente época. Um esforço enorme para se manter vivo e depois uma ansiedade anormal, precisamente quando passamos para a liderança. Talvez tenhamos engolido muita água salgada quando estávamos em alto mar a lutar pela sobrevivência e o efeito dessa luta titânica só nos tenha afetado a mente já no sofá deitados a ver TV e a comer pipocas. Quando o Benfica passou para a frente no campeonato, inexplicavelmente, continuamos a engolir... água! Vencemos em Setúbal no último minuto, perdemos em casa com o Porto, vencemos em Estoril no último minuto e, hoje, em casa, foi o definitivo... afogamento!

À espera de respiração... boca a boca!
Não se compreende muito bem como a equipa deixou-se afogar na... ansiedade. Foi o que a liderança nos trouxe. Uma ansiedade incrível, a pressa de fazer tudo... à pressa! Dos 11 que entraram hoje em campo contra o Tondela, só Varela e Rúben Dias nunca foram campeões pelo Benfica. Portanto, falta de experiência não foi. Longe disso! Mais de meia equipa foi campeã por, pelo menos, duas vezes e já passou por todo o tipo de experiência. É certo que faltou o Jonas quando mais precisávamos dos seus golos. Foi um duro golpe. Mas, será que acabou? Não, não pode ter acabado! Alguém... alguém que faça respiração boca a boca a esta equipa de... heróis!

Chamem alguém... a Radwanska para fazer respiração boca a boca à equipa!

23 abril 2018

Coração valente, mas... Ai! Ai! Ai!

Ai essa atração pelo... fim!

Estes corações vermelhos... Ai! Ai! Ai!
É para sofrer? Então vamos sofrer, mas não há dúvida que muitos corações vermelhos não vão aguentar tamanha emoção. Pelo menos, agora parece tudo mais claro. O guião deste filme de suspense já está mais do que escrito, ou seja, nas primeiras partes dos próximos jogos seremos donos da bola, do campo e do jogo. Na volta do balneário para cumprir os segundos 45 minutos, aí é que são elas. Ninguém sabe o que vai acontecer. Foi assim em Setúbal contra o Vitória e na Luz contra o FC Porto. No Estoril... a mesma coisa! Entramos muito bem e as jogadas de ataque saiam com uma facilidade incrível, mas golos... apenas um! No regresso do intervalo... Ai! Ai! Ai!

Esses misteriosos intervalos... Ai! Ai! Ai!
Para não fugir ao que temos visto nos últimos jogos, aquele Benfica dominador ficou no balneário e voltou outro completamente diferente, quase sempre dominado pelo Estoril. Essas mudanças de identidade, à camaleão, viraram um autêntico mistério. Já ninguém entende mais nada! Simplesmente, o nosso meio-campo deixa de funcionar, sobretudo o Pizzi, porque o Zivković, ainda assim, mantém um pouco de lucidez. Cervi desaparece por completo. Rafa nunca pára de correr, mas o caso dele já é... humanitário. Até dá gosto ver aquelas acelerações todas, mas também dá... pena! Ele mostra um coração enorme, apavora os adversários, só que depois... apavora-se!

Esses palpitantes minutos finais... Ai! Ai! Ai!
E quando verificamos tanta dificuldade para marcar golos, logo vem à nossa cabeça a falta que o Jonas faz. Não tem como esconder. "Pistolas" só há um. Sem Jonas a baliza dos outros fica bem menor, mas não é só isso. Ele parece ter a capacidade de acalmar os companheiros. O Pizzi então sente-se muito carente, como aquele miúdo que ainda precisa do irmão mais velho para tomar a decisão certa. Assim, não perdemos apenas o nosso matador. Ficamos também com menos um pensador no meio-campo. Sobra o coração valente, de todos, até dos adeptos, e a tentação de deixar que o jogo se resolva nos descontos, acreditando sempre até ao fim, mas... Ai! Ai! Ai!

Sem Jonas ficou tão difícil marcar golos que 2-1 parece... goleada!

20 abril 2018

Volta para casa, Renato Sanches!

Já poucos acreditam no miúdo. Agora foi um tal Iwan Roberts a falar dele...

O mundo a seus pés com apenas... 18 anos!
Acontece com muitos jovens. Ainda na fase crítica da adolescência, saem da casa dos pais com muitos sonhos na bagagem, crentes que estão preparados para conquistar o mundo, mas nem sempre as coisas correm da melhor forma. Muitos têm sucesso imediato, outros não. É como tudo na vida. Uma decisão pouco ponderada aqui, alguma falta de sorte ali e pronto, a situação vai-se deteriorando. Talvez este seja o caso do Renato Sanches, um miúdo que tinha tudo para fazer sucesso lá fora. Aos 18 anos, foi titular indiscutível do Benfica, teve papel decisivo na conquista do último tri-campeonato, foi campeão da Europa com a seleção de Portugal, Golden Boy...

Era só escolher onde agarrar esse... mundo!
O que mais seria de esperar deste adolescente forte e talentoso, senão a conquista do mundo, seja lá o lugar que tivesse escolhido para a sua aventura longe da casa-mãe? Escolheu desembarcar em Munique, como poderia ter escolhido Manchester ou Madrid que a certeza era a mesma. Ele seria titular no Bayern, no United, no Real, enfim... em qualquer lado! Muitos invejosos dos clubes rivais, com dor de cotovelo, torciam muito pelo seu fracasso no estrangeiro, ainda incrédulos como foi possível um fenómeno made in Seixal aparecer assim do nada para carregar o Benfica nas costas rumo ao Tri. O treinador do Bayern disse mesmo que o Renato era um fenómeno.

Um recomeço para ver onde está o... mundo!
Por incrível que pareça, esse mesmo técnico, o Carlo Ancelotti, não soube aproveitar o diamante bruto que tinha em mãos. O meio-campo titular do Bayern era Xabi Alonso, Thiago Alcântara e Vidal? Sim, mas a concorrência desses craques todos só podia ser benéfica. O Ronaldo CR7 não chegou a Manchester já titular com o Alex Ferguson, mas foi trabalhado para crescer no United e não para descer ao Swansea. Interessante é que os ditos especialistas da bola diziam que, "agora sim", com Ancelotti o Renato ia evoluir a sério. Afinal, a sua verdadeira evolução ocorreu no Benfica com o Rui Vitória. Agora, ele devia voltar ao ponto de partida para se situar e... crescer!

Mas como disse Gonçalo Guedes, muita gente ainda vai pedir-lhe desculpas!  

18 abril 2018

Não podíamos vencer? Perder... também não!

Hoje sabemos que a melhor prenda era não... perder! 

O que nos ensinou a Velha Raposa!
Quando não se pode vencer, também não se pode perder! Foi mais ou menos isto que o nosso Giovanni Trapattoni repetiu vezes sem conta na árdua caminhada do Benfica rumo ao título de campeão na época de 2004-05. Um título que já não vinha para a Luz desde 1993-94. Ou seja, foi uma década inteira de sufocante espera, em que tivemos de assistir a 7 títulos do Porto, com direito ao penta deles e tudo, mais dois títulos do Sporting e ainda um do Boavista. Foi preciso recorrer a uma espécie de feiticeiro do futebol para voltarmos a ser felizes. Uma felicidade só possível porque tínhamos a Velha Raposa no banco. E contra o Porto, faltou a Vitória ser... Trapattoni! 

Uma lição que Rui Vitória nunca esquecerá!
O Rui Vitória é um grande treinador. Não há dúvida nenhuma sobre isso. Já deu provas suficientes da sua capacidade e certamente vai continuar a ganhar títulos no Benfica. Mas ele não é infalível. Ainda tem muito para aprender. Como em qualquer profissão, ganha-se experiência com o tempo e as derrotas, embora difíceis de digerir, também servem para o crescimento de uma pessoa. A verdade é que, no Domingo passado, o Rui Vitória deve ter aprendido uma grande lição, que certamente nunca esquecerá. Ao tirar um médio (Pizzi), aos 87', para meter mais um ponta-de-lança (Seferović), quando a bola já nem chegava ao ataque, esqueceu-se que podia... perder!

Do além, via-se que a sorte do jogo já era... deles!
E o resultado que nunca poderia ter acontecido era a derrota. Derrota, nunca! Um dia antes, o presidente do Benfica já tinha lançado o mote. Há um penta para ganhar, disse ele! Mas não é um simples Penta. Vencer este campeonato é também derrotar o Crime Organizado. Foi como a direção se referiu à sociedade criada para manchar o nome do clube. E nessa disputa do bem contra o mal, se o Benfica foi melhor na 1ª parte mas não teve a sorte do jogo, o Porto, que foi melhor na 2ª parte, quase sempre tem essa mesma sorte na Luz. Por isso, estando em 1º lugar, faltou a Rui Vitória o pragmatismo do Trapattoni para ir ao além e ver que o empate já era uma... vitória!

Trapattoni sabia que para ganhar não podia... perder!

16 abril 2018

Derrotados quando o empate já era uma... vitória!

Quando os benfiquistas já começavam a gostar do empate, veio a... derrota!

Derrotados na hora de... começar!
Aquele jogo de Setúbal já tinha deixado os benfiquistas meio desconfiados. Foi estranho entrar logo a perder numa final daquelas, antes da finalíssima com o Porto, sofrendo um golo ridículo aos 3 minutos de jogo; foi até boa a reação que deu o empate, mas depois, estranhíssima a 2ª parte. Ah! Foi estranho começar sem o Jonas como titular e sem a arma secreta Jiménez no banco. Ontem, na finalíssima, foi tudo estranho novamente. Não houve aquela desconcentração inicial da equipa, mas saber em cima da hora que o Jonas estaria na Luz, mas iria para a bancada foi uma surpresa muito desagradável. É que, sem Jonas, perdemos também a arma secreta do... banco!

Derrotados na hora de fazer... bluff!
E isso não se faz! Era preferível saber dessa notícia cruel uns cinco dias antes do jogo ou dois ou um. Assim poderíamos digerir essa questão de forma racional. O anúncio em cima da hora foi uma derrota psicológica muito grande. Passamos uma semana inteira a ouvir falar de um Jonas condicionado e também de um incerto Marega semi-recuperado da lesão, mas dava a impressão que era o Porto a fazer bluff. Afinal, quem fazia bluff era o Benfica! O Marega foi lá para dentro, sem ritmo nem nada, só para ameaçar-nos com o seu porte físico. Já o Pistoleiro, esse ficou de fora junto com a sua inteligência. E como foi o Benfica na finalíssima? Uma equipa sem... inteligência!  

Derrotados na hora de... tomar decisões!
Não há nada a apontar à equipa quanto à alma e ao querer, mas ontem foi gritante a falta de inteligência na conclusão das jogadas. Fala-se tanto nas "tomadas de decisão" cada vez mais importantes no futebol moderno e a verdade é que não faltaram boas jogadas perto da área deles, mas chegou a ser desesperante ver a forma burra como decidimos mal na hora de tomar a decisão certa! Depois, o que dizer da estranhíssima 2ª parte, igual à de Setúbal? Foram tão tristes os últimos 15 minutos do jogo que muitos benfiquistas já estavam a gostar do empate. Via-se que aquilo já não dava para mais e talvez a melhor decisão fosse aguentar tudo lá atrás com o... Luisão!

Não acabou, mas é bom lembrar que ainda podemos terminar em... 3º!

09 abril 2018

Com Raúl, as finais... ganham-se!

A arma secreta começou como titular e o Benfica ganhou... de novo! 

Uma final que não parecia uma... final!
Foi um jogo estranho, este do Bonfim. Estamos a falar de uma equipa do Benfica que vem, desde Agosto do ano passado, sempre atrás na classificação, aguentando todo o tipo de pressão para não ficar irremediavelmente fora da corrida pelo título, até que, de repente, num salto mortal incrível, em três semanas, transforma uma desvantagem de 5 pontos em liderança isolada com 1 ponto de avanço sobre o outro. E se esta mesma equipa teve equilíbrio para ver os outros em primeiro, também é verdade que sabe muito bem o que é ser líder durante muitos meses. Mas o início desse jogo com o Vitória de Setúbal, 5 dias depois de passar à frente, nem parecia uma... final!

E a arma secreta... titular!
É que não parecia mesmo uma final! O Benfica entrou muito mal no jogo. Foram muitos passes falhados. E para cúmulo, sofremos um golo absolutamente ridículo para quem precisava da vitória e só da vitória. Isso foi logo aos... 3 minutos! Toda a defesa estava posicionada corretamente, mas coube a Grimaldo ter de cobrir dois sadinos de uma só vez, com os nossos médios parados a assistir. Se entrarmos assim com tais níveis de concentração na finalíssima contra o Porto, aí nem sei. E no Bonfim, já sabíamos que a nossa arma secreta Jiménez não poderia saltar do banco para safar a equipa. É que a arma secreta já estava em campo. Com Jonas fora, o Raúl foi... titular! 

Por fim, sem jogar... ganhamos!
Passada aquela fase de indefinição, ainda na dúvida se estava mesmo em 1º ou ainda em 2º, a equipa começou a assentar o seu jogo e voltou ao nível que nos tem habituado ao longo deste ano de 2018. O Setúbal ficou encurralado lá atrás. Até final da primeira parte só se viu o Benfica. Infelizmente não foi possível marcar mais de um golo. E quem marcou? Jiménez! Mas, para surpresa de todos, a segunda parte foi toda do Vitória de Setúbal. Incrível! Fomos subjugados a uma equipa banal. Mérito deles, sem dúvida! Por fim, quando alguém diz que "as finais não se jogam, ganham-se", desta vez ganhamos e não jogamos. E ainda bem que o Jiménez nunca falhou um... penalty!

Oh Pistoleiro, nem penses em falhar a finalíssima contra o... Porto!

03 abril 2018

Os efeitos especiais de uma... rabona!

1º Benfica (71 pontos), 2º Porto (70), 3º Sporting (65)

Um jogo sem Vitória, a águia!
Como diz sempre o Rui Vitória, isto é jogo a jogo. Mas o que aconteceu no Sábado não foi um jogo normal. O Vitória de Guimarães usou de uma astúcia que, olhem... deixou-nos um pouco aparvalhados no início! Estranhos aqueles dois cruzamentos venenosos do nosso lado direito, rasteiros, à espera de aparecer um pezinho a encostar sem que o Varela pudesse fazer alguma coisa. Mas felizmente apareceu o pezinho milagroso do... Grimaldo. Triângulo esquisito, aquele! Mas se foi tudo combinado entre o André Almeida e o Grimaldo, aí entende-se. Difícil de entender foi a saída da águia Vitória para dar um passeio fora do Estádio. Depois voltou, mas não viu o... jogo! 

O antes e o depois de... Jiménez!
E este jogo até não foi diferente dos anteriores. Aliás, querem ver que já está em algum segredo de justiça uma investigação rigorosa às segundas partes do Benfica nos jogos! Há um Benfica antes e outro depois da entrada do... Jiménez! Pode ser tudo menos normal o que está a acontecer. O craque é o Jonas, Pistoleiro. Não é por acaso que ele já marcou mais golos que todos os grandes craques da Europa. Neste jogo foi mais do mesmo. O Benfica venceu 2-0 e o Jonas marcou... 2! Mas, jogo após jogo, a grande animação acontece é quando entra o Raúl. Aí os adeptos sabem que algo de bom vai acontecer. Desta vez ele saiu com essa novidade da... rabona!

A liderança com a rabona em... tour!
Aquele cruzamento feito de "letra" parecia tirado de alguma cena de um filme desses de ficção científica. Toda a jogada que culminou naquele golo de outro planeta ainda roda o mundo e certamente vai demorar até que se descubram os segredos por trás dos seus efeitos especiais. Mas se Jonas e Jiménez foram protagonistas numa outra dimensão, o melhor em campo na Luz só podia ser ele, Grimaldo. Que energia, que técnica acima da média, que jogo! E já são 8 vitórias consecutivas, com efeitos na classificação. Sempre 3º entre Agosto a Janeiro e 2º a partir de Fevereiro, o Benfica inicia o mês de Abril como líder isolado. E a rabona do Raúl ainda no seu tour pelo mundo!

Rabona ou de "letra", o que fez Raul foi de... outro planeta!