18 abril 2018

Não podíamos vencer? Perder... também não!

Hoje sabemos que a melhor prenda era não... perder! 

O que nos ensinou a Velha Raposa!
Quando não se pode vencer, também não se pode perder! Foi mais ou menos isto que o nosso Giovanni Trapattoni repetiu vezes sem conta na árdua caminhada do Benfica rumo ao título de campeão na época de 2004-05. Um título que já não vinha para a Luz desde 1993-94. Ou seja, foi uma década inteira de sufocante espera, em que tivemos de assistir a 7 títulos do Porto, com direito ao penta deles e tudo, mais dois títulos do Sporting e ainda um do Boavista. Foi preciso recorrer a uma espécie de feiticeiro do futebol para voltarmos a ser felizes. Uma felicidade só possível porque tínhamos a Velha Raposa no banco. E contra o Porto, faltou a Vitória ser... Trapattoni! 

Uma lição que Rui Vitória nunca esquecerá!
O Rui Vitória é um grande treinador. Não há dúvida nenhuma sobre isso. Já deu provas suficientes da sua capacidade e certamente vai continuar a ganhar títulos no Benfica. Mas ele não é infalível. Ainda tem muito para aprender. Como em qualquer profissão, ganha-se experiência com o tempo e as derrotas, embora difíceis de digerir, também servem para o crescimento de uma pessoa. A verdade é que, no Domingo passado, o Rui Vitória deve ter aprendido uma grande lição, que certamente nunca esquecerá. Ao tirar um médio (Pizzi), aos 87', para meter mais um ponta-de-lança (Seferović), quando a bola já nem chegava ao ataque, esqueceu-se que podia... perder!

Do além, via-se que a sorte do jogo já era... deles!
E o resultado que nunca poderia ter acontecido era a derrota. Derrota, nunca! Um dia antes, o presidente do Benfica já tinha lançado o mote. Há um penta para ganhar, disse ele! Mas não é um simples Penta. Vencer este campeonato é também derrotar o Crime Organizado. Foi como a direção se referiu à sociedade criada para manchar o nome do clube. E nessa disputa do bem contra o mal, se o Benfica foi melhor na 1ª parte mas não teve a sorte do jogo, o Porto, que foi melhor na 2ª parte, quase sempre tem essa mesma sorte na Luz. Por isso, estando em 1º lugar, faltou a Rui Vitória o pragmatismo do Trapattoni para ir ao além e ver que o empate já era uma... vitória!

Trapattoni sabia que para ganhar não podia... perder!

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