28 junho 2020

Jesus, mas há muitos técnicos bons na Europa!

Se não vier Jesus virá outro bom...

Jorge Jesus é bom!
No Brasil, Jorge Jesus é o Mister, idolatrado por uma nação de 40 milhões de adeptos. E com toda a justiça ele é idolatrado por lá. Não só levou o Flamengo à conquista do Brasileirão e da Libertadores, como também revolucionou o futebol brasileiro em apenas um ano. Sem dúvida, Jorge Jesus é hoje o técnico que mais orgulha os portugueses no estrangeiro. Enquanto outros pararam no tempo, ele evolui cada vez mais com a idade. As dinâmicas do seu 4-4-2 são um hino ao bom futebol. Enfim, não há como negar, JJ é diferente. Mas ele é técnico do Flamengo e ficaria muito mal com os flamenguistas se saísse agora. Portanto, o Benfica que pense noutros técnicos. 

Julian Nagelsmann e Marco Rose são bons!
De repente, parece que só Jesus tem capacidade para treinar o Benfica. Chega a ser ridículo o Glorioso ficar amarrado a essa ideia fixa com tantos técnicos bons na Europa. E nem é preciso chegar a Pochettino ou Allegri, porque, além da questão financeira, o campeonato português não seria atrativo o bastante para eles. Mas por que não pensar no alemão Julian Nagelsmann, que deu uma aula na Luz quando o Leipzig venceu o Benfica na Champions? Ou então Marco Rose que, depois de vencer a Youth League ao Benfica, em 2016/17, com o Salzburg, foi bicampeão da Áustria e agora está no futebol alemão revolucionando o Borussia Monchengladbach?

Galtier, Gasperini, Bordalás, Marcelino também...
Mas há mais! Em França, Christophe Galtier foi vicecampeão com o Lille, superado apenas pelo inatingível PSG, isso sem falar que ainda conseguiu recuperar o Renato Sanches. Em Itália é Gian Piero Gasperini que chama a atenção pelo magnífico trabalho no Atalanta, enquanto que em Espanha Pepe Bordalás é o homem do momento pelo que faz no modesto Getafe. Mas todos estes estão presos aos seus clubes. Livre está Marcelino Toral. Basta lembrar o excelente futebol que o Valência praticou nos últimos dois anos, com Gonçalo Guedes em grande. Marcelino seria óptima escolha para o Benfica. Portanto, bons técnicos não faltam por essa Europa afora. 

Julian Nagelsmann deu uma aula na Luz com o Leipzig muito superior ao Benfica.

13 junho 2020

Este mar que nos carrega...

Olhar o mar pode ajudar...

O coração...
Olhar o mar pode ter coisas muito boas. Podemos até querer entrar nele e sentir o frescor da água morna, que nos permita ficar umas horinhas ali sem a preocupação de ter de voltar para casa e ver as nossas paredes borradas com palavras violentas, escritas por uma cambada de ignorantes que nada sabe sobre a beleza do futebol e nem o que significa torcer por um clube do coração. Aliás, esses tais ignorantes nem devem ter coração e só lhes faria bem algumas horas a ver o mar para, talvez, meditarem sobre as suas vidas sem sentido. É que não faz sentido nenhum tentar intimidar quem já nos deu tantas alegrias... no Marquês! 

As boas memórias...
Sim, foi há coisa de um ano que jogadores e técnicos do Benfica trouxeram o 37º título para a Luz, comemorado daquela forma bonita no Marquês. Eles foram os artífices, há um ano apenas! Por isso, como é possível que tudo seja esquecido a ponto de serem, hoje, apedrejados? Que memória curta é essa? Como se pode crucificar um Pizzi que "só" tem 27 golos esta época e 15 assistências? Que loucura! E um Rafa que nunca se cansa de correr? E um alemão Weigl, que poderia estar a jogar em campeonatos mais interessantes, mas escolheu o Benfica pelo ambiente maravilhoso que viveu na Luz como adversário? E o Bruno Lage, o dos sete milagres? 

Nas eleições...
Aliás, foi o próprio Lage que decidiu sentar-se a olhar o mar, talvez para fugir à depressão, buscar outras soluções, repensar toda a sua estratégia, suas ideias, enfim... Ele tem esse direito. Todos têm! A preocupação maior é essa tentação de querer entrar na água para sentir a temperatura. Há sempre a possibilidade de aparecer uma corrente perigosa, capaz de levá-lo para onde não queira. E se ele já está meio perdido, pior ficaria sem o apoio dos adeptos. Esse tipo de mar é muito traiçoeiro, porque pode arrastar todos nós para longe e deixar em terra apenas os de memória curta. Em ano de eleições, com tantos aventureiros, este mar que nos carrega...

Os de memória curta deveriam olhar mais para o mar.

04 junho 2020

A reentrada... com o Covid-19!

O Benfica começa com o... 1º lugar à vista!

Um inimigo invisível!
Covid-19, não nos tires a vida! A vida é o mais importante de tudo. Não há como pensar no futebol quando um inimigo invisível nos ataca de morte. Mas a bem da verdade, os inimigos invisíveis existem aos montes por aí. No futebol então, nem se fala! Basta lembrar do ataque invisível dos hackers aos computadores do Benfica. O estrago foi feito, a justiça talvez seja feita e a vida vai e... vai! Só que, desta vez, o inimigo invisível ataca qualquer um, mata em todo o mundo. Entretanto, o futebol tenta sobreviver a isto tudo, mesmo com as bancadas vazias. Em Portugal, a Liga parou com o Porto à frente. E os portistas de joelhos: Covid-19, não nos tires o campeonato!  

O antes... do Covid-19!
Há 4 meses atrás aconteceu aquele terramoto na Luz, no Seixal e em todas as casas do glorioso espalhadas pelo mundo. A forma como o Benfica perdeu 10 pontos em 5 jogos e uma liderança consolidada de 7 pontos sobre o 2º classificado foi inacreditável. Isso sem falar nos nossos jogadores, psicologicamente de rastos. Com isso, a passadeira já estava estendida para o Porto ser campeão, muito por demérito dos comandados de Bruno Lage. Sim, aquela arbitragem no estádio do Dragão foi habilidosa, pela forma como nocautearam sem consequências o nosso melhor jogador (Taarabt), inventaram aquele penalty, etc. Mas, também, o Benfica já não jogava nada!

O depois... com o Covid-19!
Agora é outro campeonato, com direito a pré-temporada e tudo. E logo na reentrada uma surpresa das boas. O Porto perdeu em Famalicão e se o Benfica vencer o Tondela já sobe ao topo da classificação novamente. Mas este novo campeonato de 10 jornadas apenas deverá ser mesmo imprevisível. Tudo poderá acontecer. Por isso, ainda é cedo para comemorar. Temos de ver os nossos jogadores em ação. E que boa notícia o regresso de Gabriel! É que o naufrágio daquele meio-campo aconteceu precisamente depois da lesão dele. E quem sabe apareça um Weigl já mais à vontade; um novo Ferro; o mesmo Taarabt de antes... Enfim, vamos esperar para ver!

E este é sem dúvida o melhor onze.