Vai ser uma grande final. Espanha e Itália já tinham feito o melhor jogo deste Europeu, quando se enfrentaram na fase de grupos. E foi realmente um jogo bonito de se ver, sempre em alta velocidade, com as duas equipas a partirem para cima do adversário, sem medo de nada. O que interessava era só a vitória, por isso, tivemos emoção do princípio ao fim. Mas agora, na final, talvez já não seja assim. Todos querem ganhar, mas ninguém pretende cometer erros. E nestes jogos, um erro que redunde em golo pode ser difícil de recuperar.
Na meia final entre Alemanha e Itália (0-2), os alemães cometeram dois erros que foram fatais. No primeiro golo então, é incrível a forma como três defesas germânicos estendem a passadeira na linha do fundo para o Cassano cruzar na cabeça do Balotelli. Até o defesa que fazia a cobertura ao goleador italiano ficou surpreendido com aquela traição dos seus colegas e já não teve reação. Portanto, hoje, mais do que nunca, a Espanha vai tentar ficar com a bola o máximo possível. Porque se a Itália marcar primeiro, adeus "tripleta"!
Este é o sonho da Espanha: ser a primeira seleção na história do futebol a ganhar três grandes competições internacionais de forma consecutiva – campeã da Europa em 2008, campeã do mundo em 2010 e agora a possibilidade de ser novamente campeã da Europa. Quem diria, hem! Depois de tantas desilusões, a Espanha é hoje uma referência mundial. Até os brasileiros, que sempre se orgulharam do seu toque de bola envolvente, revêem-se nestes espanhóis. Mas atenção! A Itália é tetracampeã mundial (1934, 1938, 1982 e 2006). Com ela não se brinca.
Sem comentários:
Enviar um comentário