07 julho 2012

Nélson e Rodrigo


Já sabemos que, em Portugal, o fabrico de pontas de lança é uma missão quase impossível. Não sei por quê, mas até parece que a criançada não gosta daquela posição. Também parece que os técnicos das camadas jovens são bons a ensinar aos miúdos como se joga a trinco, mas não a marcar golos. O certo é que ali na frente a coisa não engrena. O Benfica tem agora a oportunidade de juntar uma das mais jovens e promissoras duplas de pontas de lança da Europa  Rodrigo e Nélson Oliveira. Vindo da escola espanhola, o Rodrigo parece já estar no ponto. 

Mas a afirmação do Nélson na equipa principal não será nada fácil. Por isso, torci muito pela sua explosão neste Europeu. Era uma grande oportunidade e acho até que os ventos sopravam todos a seu favor. É que, se no Benfica ele tem a difícil missão de entrar a substituir o Cardozo, o Saviola ou o próprio Rodrigo, na seleção portuguesa era o Hélder Postiga ou o Hugo Almeida. Convenhamos que não há comparação possível. Neste momento era para já ter marcado território na seleção e, consequentemente, no Benfica. Mas em Portugal tudo é mais difícil.  

Nas últimas semanas, o Brasil e o mundo ficaram a conhecer um tal de Romarinho, do Corinthians. Em apenas 4 jogos, o miúdo fez 3 golos, um deles na final da Taça Libertadores da América, contra o Boca Juniors. Ele nem se intimidou com o clima hostil do La Bombonera. Entrou em campo e pimba! Empatou o jogo. Tão simples como isso. Já em Portugal, os miúdos carregam chumbo de enorme desconfiança nas botas. Mas enfim, um dia o ataque do Benfica será Nélson Oliveira mais Rodrigo. Para já, é uma pena que os dois estejam a perder esta pré temporada.

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