06 junho 2012

O adeus oficial de Mantorras


Quando o Pedro Mantorras apareceu no Glorioso, com apenas 19 anos, fez a todos nós, benfiquistas, sonhar com muitos domingos de alegria. O seu primeiro ano foi mesmo de sonho. E para mim, ele era melhor que o Cristiano Ronaldo, se compararmos o início profissional dos dois. Mas não vale a pena entrarmos nessa discussão. Eu só sei que, hoje, o Mantorras poderia ter uma boa coleção de bolas e botas de ouro. O seu destino só podia ser um  conquistar o mundo! Mas, inexplicavelmente, o destino resolveu atraiçoar-nos a todos.

A partir de agora, ele será embaixador do Benfica. Fará um trabalho social de grande relevo, angariando fundos para ajudar crianças desfavorecidas no continente africano. Não tenho dúvidas que é a pessoa certa para fazer esse trabalho. A sua alegria fora de campo é também contagiante e não difere muito do que lhe víamos fazer lá dentro das quatro linhas, com aquelas jogadas maravilhosas. Mesmo assim, não me conformo com este final. Também não importa se ele ficaria pouco tempo no Benfica. Eu queria era vê-lo jogar mais vezes.

Queria vê-lo nas finais da Liga dos Campeões, seja por que clube fosse, Barcelona, Real Madrid, Milan, tanto faz; queria vê-lo a carregar a seleção angolana às costas nas Copas de África e do Mundo; queria vê-lo a arrancar imparável em direção à baliza com a bola controlada, como um furacão, deixando atrás de si um estrago incalculável; queria vê-lo a fazer aqueles remates de longe, sem preparação, à Eusébio; queria vê-lo levantar estádios com os seus golos monumentais... Oh destino cruel! Por quê tirar-nos o prazer de ver tudo isso?

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