Estando o Benfica de férias, nada como o Europeu da Polónia/Ucrânia para saciar a nossa gula por futebol. E até estivemos bem representados no jogo inaugural entre a Polónia e a Grécia. É verdade que Fernando Santos, Katsouranis e Karagounis já não fazem parte do ninho das Águias, mas acredito que todos os benfiquistas estavam a torcer por eles e, consequentemente, pela Grécia. O jogo foi bom, cheio de emoção. Ao intervalo, a Polónia vencia por 1-0 e tudo levava a crer que os gregos seriam facilmente derrotados.
Puro engano! É que a 1ª parte foi um autêntico massacre da Polónia, embora só tenha havido um golo, do inevitável Lewandowski. Tive muita pena dos gregos, ao vê-los tão perdidos em campo. Até parecia que a crise grega tinha bloqueado o ânimo dos jogadores. Mas o futebol, já sabemos, tem 90 minutos. E os gregos mostraram que não há crise nenhuma. Um povo com a história deles, não se verga assim tão facilmente. E foi essa a história do jogo: o heroísmo dos gregos, que resistiram à avalanche ofensiva da Polónia e também à expulsão injusta de um defesa.
Não sei o que Fernando Santos fez para levantar a moral dos jogadores. O certo é que, na 2ª parte, a Grécia voltou transfigurada. Mas é engraçado. Se os gregos pareciam autênticos guerreiros, crentes que poderiam vencer aquela batalha, no banco de suplentes era o contraste. Com menos um jogador, a Grécia empatou o jogo e ainda falhou um penalty, que lhe daria a vitória, mas sempre que a tv mostrava o Fernando Santos, lá estava ele, num desânimo que só visto! Enfim, ele agitou brilhantemente os seus jogadores, mas faltou alguém para agitá-lo a ele.
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