06 outubro 2017

3º grão de areia: o azar

O treinador do Benfica suspira por um Jardel sem lesões

Júlio César, André Almeida e Jardel 
E o 36 já cá está! Benfica tetracampeão! Tal nunca tinha acontecido na história do nosso clube. Um feito grandioso que teve na linha defensiva da equipa o seu grande alicerce. Ederson foi um guarda-redes de segurança máxima. À frente dele o quarteto composto por Nélson Semedo, Luisão, Lindelöf e Grimaldo. Portanto, iniciar a nova época sem Ederson, Semedo e Lindelöf, vendidos por mais de € 100 milhões, nunca poderia ser fácil. Mas tínhamos Júlio César, uma referência na baliza; André Almeida, um canivete suíço que joga à direita, ajuda na esquerda e até pode subir para trinco; e ainda Jardel, patrão da defesa no 35. A experiência destes três dava garantias.   

Luisão, Grimaldo, Lisandro López, Eliseu... 
A maior dúvida seria o Jardel que praticamente não tinha jogado na época passada, devido a sucessivas lesões. E ainda sobrava o Lisandro López, um central que já teve alguns bons momentos na Luz, mas não consegue uma sequência de jogos sem se lesionar. Como esquecer daquela cabeçada para golo no último minuto do jogo com o Porto, no Dragão, impedindo uma derrota quase certa e até merecida? Assim, começar a época com Júlio César, Almeida, Luisão, Jardel e Grimaldo, tendo também Lisandro e Eliseu como opções, nunca seria motivo de alarme. Sobravam ainda Varela, Pedro Pereira, Marcelo Hermes, Kalaica e Rúben Dias para alguma eventualidade.

Mas as lesões... 
Nada saiu como o previsto! Primeiro com os laterais: Grimaldo começou a época lesionado; Eliseu voltou de férias mais tarde por causa da seleção; Almeida lesionou-se na pré-época. Assim, Pedro Pereira e Hermes tiveram de ir a exame logo de caras e... reprovaram. Na baliza, com Júlio César lesionado, o recém-chegado Varela teve de ser lançado às feras no início da época e... queimou-se! Os centrais têm sido Luisão, o miúdo Rúben Dias e... Jardel sim, Jardel não. As lesões constantes não o deixam entrar no ritmo de competição, tal como Lisandro. São muitas lesões! Muito azar num setor que precisa de estabilidade. Mais um grão de areia na nossa engrenagem!

A instabilidade do Benfica teve início na baliza, com a ausência de Júlio César

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